domingo, 28 de junho de 2015

“Com sorte” nova guerra na Europa Central
não será nuclear diz fonte da OTAN

Ruínas do aeroporto de Donetsk
Ruínas do aeroporto de Donetsk
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




John Schindler, antigo analista da NSA, especialista em geopolítica, conferencista da Escola Naval dos EUA e conhecido pelos seus contatos de alto nível na hierarquia americana, confidenciou ter ouvido de uma alta patente não-americana da OTAN que “haverá provavelmente uma guerra neste verão (inverno no nosso hemisfério sul). Se tivermos sorte, ela não será nuclear”, escreveu o site Slate.

A opinião referida por Schindler coincidiu com a escalada de tensões entre os aliados ocidentais de um lado, e russos e chineses de outro, tendo como centro o problema ucraniano.

A Noruega suspeita de submarinos russos que circulam há meses nas profundezas do Báltico, ao largo de Oslo.

Diante da insistência da Grã-Bretanha, a OTAN resolveu a reagir, informou The Telegraph. Dezoito navios participaram de um exercício de grande envergadura no Báltico, enquanto tropas britânicas foram participar de exercícios conjuntos com o exército da Estônia, país fronteiriço com a Rússia.

Foi o exercício militar mais importante na região desde o fim da URSS.

No Círculo Ártico, nove países, incluindo os EUA, a França e a Grã-Bretanha, lançaram a operação “Desafio Ártico”, mobilizando 4.000 homens e 90 aviões durante doze dias.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Estônia: cismáticos voltam para o catolicismo
fugindo da agressividade russa

Igreja católica de rito greco-católico na capital da Estônia
Igreja católica de rito greco-católico na capital da Estônia
está ficando pequena para acolher as conversões.




Seguidores da igreja greco-cismática dirigida pelo Patriarca de Moscou estão abandonando essa falsa igreja na Estônia.

Eles preferem se encaminhar para o rito greco-católico ucraniano, em boa medida por causa das provocações da propaganda do Kremlin contra a independência de seu país, informou a agência Religion Information Service of Ukraine, RISU.

A líder da associação Congresso Ucraniano da Estônia, Vira Konyk, declarou:

“Muitos jovens que obviamente não pertenciam à comunidade católica estiveram presentes nas celebrações da Páscoa. Verificou-se que a maioria deles provinha da igreja ortodoxa estoniana, dependente do Patriarcado de Moscou.

“Pelo fato de o Patriarcado de Moscou apoiar a agressão russa contra a Ucrânia, o pessoal deixou de ir às suas igrejas e iniciou um percurso rumo ao rito greco-católico da igreja ucraniana, ou UGCC”, disse Vira Konyk.

A isso se acresce que, para participar da Liturgia Pascal, acorreram este ano à Igreja Católica fiéis procedentes não só da capital, mas de todas as partes da Estônia.

“Não se tratava apenas de ucranianos que vinham, mas de estonianos e pessoas de outras nacionalidades”, acrescentou.

As provocações da Rússia de Putin fazem lembrar o tiro que sai pela culatra.


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domingo, 21 de junho de 2015

Associações estrangeiras à mercê do despotismo do Kremlin

As organizações estrangeiras e as russas que mantêm relações com elas  poderão ser banidas com pretextos legais confusos.
As organizações estrangeiras e as russas que mantêm relações com elas
poderão ser banidas com pretextos legais confusos.



O Parlamento russo aprovou definitivamente a anunciada lei que permite ao esquema repressivo do Estado proibir as organizações estrangeiras instaladas na Rússia e rotuladas por ele de “indesejáveis”, noticiou a Reuters.

Desde o início da tramitação dessa lei e de outros textos análogos, a Igreja Católica, suas ordens religiosas e agências de caridade foram apontadas como alvos, caso não agradem Moscou.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Mega autoestrada de Londres até Alaska pela Rússia: o Ocidente pagará?

Projeto de Moscou: uma estrada ciclópica que a liga Europa e EUA
Projeto de Moscou: uma estrada ciclópica que a liga Europa e EUA



Moscou planeja construir uma mega autoestrada de 19.950 km unindo o Atlântico ao Pacífico e atravessando toda a Rússia até o Alaska, informou o Business Insider.

A rodovia se conectará com a rede de autoestradas europeias, a qual permitirá atravessar a Ásia e cortar a Rússia de ponta a ponta.

As estradas russas existem, mas seu estado de deterioração aumenta na medida em que o viajante se afasta de Moscou.

domingo, 14 de junho de 2015

Putin: “imperador romano”
pela invasão da Criméia!

Putin imperador sem cerimônia
Putin imperador sem cerimônia



Um busto de Vladimir Putin de 50 centímetros de altura, vestido com toga romana, feito com uma “matéria sintética não muito cara” imitando o bronze e com as feições de um imperador romano, foi erigido perto de São Petersburgo, informou o jornal parisiense Le Monde.

A histriônica ideia para glorificar o chefe russo é atribuída a uma organização local de cossacos que, obviamente, nunca ousaria uma iniciativa do gênero sem estímulo e costas esquentadas por alta esfera.

O monumento foi encomendado em “reconhecimento pela anexação da Crimeia” pela Rússia, em março de 2014.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Oposicionista assassinado preparava relatório
sobre soldados mortos na Ucrânia

Moscovitas marcham em solidariedade com o assassinado Boris Nemtzov.
O caso nunca foi apurado e sabe-se por que...
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
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Moscou gastou mais de 1 bilhão de dólares em apoio aos rebeldes separatistas do leste da Ucrânia, onde foram mortos pelo menos 220 soldados russos.

Os fatos fazem parte de um relatório que estava sendo preparado por Boris Nemtsov, ex-primeiro-ministro adjunto da Rússia e crítico do Kremlin, assassinado em fevereiro de 2015, noticiou o jornal britânico The Independent.

Nemtsov recolheu informações públicas e notórias e entrevistou famílias. O resultado contradiz o argumento de Moscou, que nega a existência de tropas russas lutando na Ucrânia.

Esse inquérito informativo não podia ser desconhecido do serviço de segurança do Kremlin. Nemtsov foi morto a tiros em Moscou. O crime nunca foi esclarecido e os que foram presos pelo Kremlin não passariam de “laranjas”.

Porém, membros de partido de Nemtsov (o liberal RPR-Parnas) e diversos jornalistas da oposição ajudaram a terminar o relatório de 65 páginas, que as balas assassinas quiseram silenciar.
“A guerra com a Ucrânia é uma guerra não declarada, uma guerra cínica, que representa um crime contra toda a nação russa. Putin entrará para a História como o presidente que tornou inimigos russos e ucranianos”, disse em entrevista coletiva Ilya Yashin, ajudante do vitimado Nemtsov, na apresentação do relatório.

O presidente Putin nega de todas as formas a presença de qualquer uniformizado russo em território ucraniano. Mas o Ocidente o acusa com abundantes provas de fornecer armas e tropas aos separatistas na luta contra o governo de Kiev, além de treinamentos e informações de inteligência.

O opositor Ilia Iachine apresenta à imprensa o relatório que custou a vida a seu colega Boris Nemtsov.
O opositor Ilia Iachine apresenta à imprensa
o relatório que custou a vida a seu colega Boris Nemtsov.
Segundo o relatório, que tem como título “Putin. A guerra”, as perdas russas em número de soldados foram pesadas.

“Reunimos provas exaustivas da presença de tropas russas na Ucrânia”, disse Iachine na conferência de imprensa, reproduzida por agências internacionais.

Segundo o relatório, as tropas regulares russas entraram “maciçamente” pela primeira vez na Ucrânia em agosto de 2014, quando os separatistas corriam o risco de serem definitivamente derrotados.

Também houve unidades regulares disfarçadas de “voluntárias”, em janeiro e fevereiro de 2015, para pressionar o presidente ucraniano na mesa de negociações de Minsk e durante os ferozes combates em torno da estratégica cidade de Debaltsevo.
Segundo Iachine, “todas as vitórias militares decisivas dos separatistas foram conseguidas por unidades regulares do exército russo”.

O balanço do relatório aponta a morte de pelo menos 150 soldados russos em agosto de 2014, e mais 70 em janeiro e fevereiro de 2015.

Boris Nemtsov também pesquisou “fontes anônimas” de Moscou, que não querem ser identificadas temendo represálias do regime. Ele consultou as famílias de soldados abatidos na Ucrânia, que o procuraram na tentativa de obter um auxílio financeiro prometido pelo governo russo.

Essas famílias receberam o equivalente a mais de 100.000 reais, com a condição de não falarem das circunstâncias em que morreram seus filhos.

Nemtsov calculou que Moscou gastou 53 bilhões de rublos em dez meses (por volta de 3,16 bilhões de reais), além de 80 bilhões de rublos (4,76 bilhões de reais) para acolher os refugiados do Donbass e compensar o impacto das sanções ocidentais atraídas pela invasão do país vizinho.

Nemtsov teria apurado mais de 200 casos de soldados russos
mortos em combate na Ucrânia que o governo de Putin nega e manda silenciar.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, diz que o governo nada sabe sobre o assunto, velha tática de quem não tem resposta.

A agência Reuters garante que os militares russos são obrigados a deixar o Exército Vermelho antes de partirem para o front ucraniano. Mas isso é um jogo de aparências.

O relatório também responsabiliza Moscou pela derrubada do voo MH17 de Malaysia Airlines em julho de 2014, provocando a morte de 298 civis alheios ao conflito, incluindo grande número de crianças.

Introdução ao relatório que as balas homicidas não conseguiram silenciar:



O jornal russo Novaïa Gazeta publicou em março uma entrevista com um jovem soldado russo, que contava ter sido enviado com sua unidade de tanques de Oulan-Oude para o leste ucraniano, onde foi gravemente ferido.

A agência ucraniana Euromaidan Press divulgou vídeo do sargento Aleksander Aleksandrov, da 3ª brigada das Forças Especiais russas, que no dia 6 de março de 2015 entrou com sua unidade na base de operações em Luhansk como parte de um conjunto de seis a oito grupos que lutavam fora de Luhansk.

Associações de direitos humanos também exigiram a publicação da verdade sobre soldados mortos em ocorrências confusas e que acabaram sendo enterrados na Rússia. Segundo familiares e amigos, eles caíram combatendo na Ucrânia.

Quando uma dezena de paraquedistas russos foi capturada pelo exército ucraniano, Putin se saiu dizendo que eles tinham se “perdido” durante um patrulhamento e entrado sem perceber em território ucraniano.

Ilia Iachine também denunciou que “nem Putin nem seus generais têm a coragem de admitir a agressão militar contra Ucrânia. Eles apresentam mentiras vis e hipócritas como se fossem mostras de grande sabedoria política”, segundo o jornal francês Le Parisien.


Russos protestam contra Putin no aniversário do assassinato de Nemtsov





Suboficiais russos feridos e capturados na Ucrânia, onde agiam desde 6 de março de 2015, declaram pertencer às Forças Especiais (Spetsnatz) da Rússia:







domingo, 7 de junho de 2015

A Criméia já foi invadida, agora é a vez de Roma,
prega propaganda russa

"Criméia Hoje - Roma Amanhã! Feliz Dia da Vitória 9 de Maio!" Faixa instalada na cidade de Kaluga incita à invasão da capital do catolicismo.
"Criméia Hoje - Roma Amanhã! Feliz Dia da Vitória 9 de Maio!"
Faixa instalada na cidade de Kaluga incita à invasão da capital do catolicismo.



Diversas obras-primas de frenesi nacionalista e de autoproclamada superioridade planetária se patentearam na mistificação ordenada pelo Kremlin para o 70º aniversário do fim da II Guerra Mundial.

O ribombo publicitário na mídia oficial raiou a demência, apresentando ao povo glórias inexistentes e temores terríveis, caso o mundo não se submeta aos ditames do senhor do Kremlin, observou a agência Euromaidan Press.

Segundo essas visões histéricas, o mundo inteiro conspiraria contra a Rússia, acionando satânicos recursos e insidiosas e incessantes formas devastadoras de sabotagem.

O extermínio da Rússia só não se consumou devido à genialidade de seu líder supremo, Vladimir Putin, capaz de domesticar ursos, tigres e baleias.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Jatos e colunas de tanques para tranquilizar as populações bálticas. Mílicias civis se multiplicam.

Unidades americanas treinam na Letônia.
Unidades americanas treinam na Letônia.



Os céus dos países do leste europeu membros da NATO estão sendo percorridos regularmente por jatos da aliança atlântica. Em terra, colunas de blindados americanos vão e vem até a fronteira com a Rússia, visando tranquilizar as populações que temem o pior da parte de Moscou.

Na Polônia, médicos, sapateiros, advogados e outros comparecem ao quarteis para receberem treinamento militar diante de uma eventual invasão.

Na vizinha Lituânia, os cursos ensinam a todos os cidadãos como eles devem reagir em caso de guerra. A Letônia, por sua vez, planeja dar treinamento militar aos estudantes universitários no ano que vem. Este preocupante panorama foi descrito pela Fox News.