domingo, 20 de novembro de 2016

Putin nacionalista
chora a velha URSS internacionalista

Putin, Lenin, Engels, Marx: a continuidade em metamorfose
Putin, Lenin, Engels, Marx: a continuidade em metamorfose
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




O presidente russo Vladimir Putin deplorou mais uma vez a desintegração da União Soviética, segundo informou sua agência Sputnik.

Para ele o fim da URSS não era necessário e censurou que no Partido Comunista da época tivessem sido promovidas “ideias destruidoras para o país”.

De fato, o secretário-geral do Partido Comunista da URSS, Mikhail Gorbachev, promoveu uma política que ele condensou na palavra “perestroika” (literalmente “reconstrução” ou “reestruturação”) que deveria ser aplicada por uma política denominada “glasnost” (literalmente “transparência”).

Segundo essa política a velha União Soviética de Lenine e Stalin deveria dar lugar a mais um passo na avançada rumo à utopia comunista total sonhada por Marx.

Porém, os comunistas que queriam preservar o antigo regime staliniano acastelados nas Forças Armadas e na KGB opuseram ferrenha resistência à nova versão do comunismo.

O resultado foi que a União Soviética colapsou e que o “comunismo novo” autogestionário de Gorbachev não chegou a ser instaurado.

“Sabem que atitude tenho em relação ao colapso da União Soviética”, explicou o senhor todo-poderoso do Kremlin. “Ele não era necessário. Era possível ter realizado reformas, inclusive democráticas, sem isso [o colapso]”, disse Putin no encontro com os líderes dos principais partidos políticos.

domingo, 13 de novembro de 2016

Rússia age como “país fora da lei”
e preocupa mais que a URSS

Fumegando para valer, com atraso inexplicado, o geriátrico porta-aviões único russo Almirante Kuznetsov chegou perto da Síria. Seus armamentos e tecnologia não preocupam. Mas sim o perigo de uma guerra nuclear-chantagem para obter concessões assustadoras.
Fumegando para valer, com atraso inexplicado,
o geriátrico porta-aviões único russo Almirante Kuznetsov chegou perto da Síria.
Seus armamentos e tecnologia não preocupam.
Mas sim o perigo de uma guerra nuclear-chantagem para obter concessões assustadoras.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




A Rússia de Vladimir Putin é mais preocupante que a antiga União Soviética em temas como o emprego de armas nucleares, declarou o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, segundo noticiou a UOL.

A preocupação foi externada durante uma visita à base de mísseis nucleares intercontinentais de Minot, em Dakota do Sul (centro-norte dos EUA).

O chefe do Pentágono criticou a “gesticulação nuclear” da Rússia de hoje e seus investimentos em “novas armas” atômicas.

E aumentou a apreensão existente diante do aparente descontrole verbal em que caem com relativa frequência os líderes do Kremlin:

“Pode-se perguntar se os dirigentes russos da atualidade conservam aquela grande capacidade de contenção que tinham na época da Guerra Fria na hora de exibir suas armas nucleares”, afirmou.

Hoje, “a utilização mais provável da arma nuclear já não é a guerra total”, como se pretendia naqueles anos, explicou Carter.

Mas “um ataque terrível e sem precedentes, lançado por exemplo pela Rússia e pela Coreia do Norte para tentar forçar a um adversário mais poderoso em matéria de armamento convencional a abandonar um de seus aliados durante uma crise”, explicou Carter.