domingo, 6 de março de 2016

Milhares de russos reforçam o Estado Islâmico na Síria

Três mil russos no ISIS.
Três mil russos no ISIS.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




A ONG Russian Social Council alertou que por volta de 2.500 russos estão combatendo junto aos terroristas do Estado Islâmico na Síria, informou a agência IraqiNews.

Elena Sutormina, chefe da Intercomissão para a cooperação internacional e a diplomacia pública da Câmara Cívica da Federação Russa, explicou:

“Os dados recentes indicam que ali há por volta de 2.500 russos e 7.000 cidadãos de outros estados independentes”, provavelmente se referindo a países membros associados à Federação Russa.



Em uma entrevista para a rádio, Sutormina falou que os militantes russos estão sendo recrutados com especial ênfase entre moradores de aldeias e regiões de montanha “onde não há perspectivas para os jovens”.

Por sua parte, a agência de notícias Euronews estima que cerca de três milhares de russos foram combater na Síria nas fileiras do Estado Islâmico, atraidos pela ideia da luta entre o bem e o mal, martelada aliás insistentemente pela propaganda putinista para justificar o regime russo.

A agência esclareceu que esses soldados não provêm só das regiões da Rússia com população majoritariamente muçulmana.

E se referiu ao Russian Social Council, que estava distribuindo um folheto alertando os jovens para os perigos de embarcar nessa viagem:

“Apercebemo-nos que houve, recentemente, muitos novos convertidos, antigos ateus. Os jovens sentem-se decepcionados e há uma espécie de romantismo enganoso mas apelativo, de que está para acontecer uma luta entre o bem e o mal.

“Quem fizer algo por Alá será o escolhido. Mas nós mostramos que, na realidade, trata-se de um negócio”, explicou, em conferência de imprensa, Elena Sutormina, representante deste movimento.

Trinta por cento dos jovens soldados que partem da Rússia para se juntar aos jihadistas são do Daguestão, república do Cáucaso, entre a Chechênia e o mar Cáspio.

Há ainda as jovens russas que partem com a ideia de casar com combatentes islâmicos.

Varvara Karaúlova, de 19 anos, estudante de filosofia na mais prestigiosa instituição do país, oriunda de uma família cristã abastada e sem ligação com o Islã, chegou a partir mas foi barrada na Turquia.





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