quinta-feira, 10 de março de 2016

Dezenas de milhares refugiam-se nos esgotos em busca de calor

Desabrigados procuram refúgio nos esgotos de Moscou e São Petersburgo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs



É difícil imaginar a desorganização e o despreparo, que fazem o povo russo padecer insondáveis males.

O comunismo e suas mazelas não foram varridos como deveriam ter sido nas décadas de aparente liberalização e bonança econômica que se seguiram à queda da URSS.

O sistema comunista ainda está em pé na Rússia, produzindo efeitos infernais.

Um deles é a miséria em que vivem milhões de russos, sem propriedade nem liberdade.



Até agora o regime de Putin paliava as situações com a torneira do dinheiro ocidental que chegava por conta do petróleo explorado pelas empresas também ocidentais. Ele comprava até os alimentos básicos que a manutenção do socialismo impedia fossem produzidos em terra russa.

Mas tendo o preço do petróleo descido agora à realidade, o socialismo não produz sequer alimentos suficientes, e o país desaba.

Uma das consequências, entre muitas outras, é que no inverno “muitas pessoas acabam por morrer de frio enquanto dormem. Conheci muitas que morreram”, disse Eva, uma jovem sem-teto, citada pela agência Euronews.

As temperaturas podem rondar os 20 graus negativos no inverno em cidades como Moscou.

Há várias instituições de caridade que tentam ajudar os mais necessitados, porque o governo comunista é incapaz de fazê-lo. Elas gerem abrigos noturnos para quem não tem casa. Trata-se de pessoas que, durante o dia, procuram locais aquecidos, como as estações de trem.

Quem dorme ao relento expõe-se a graves riscos, explica Eva, ela própria sem-abrigo: “Muitas pessoas acabam por morrer de frio enquanto dormem. Conheci muitas que morreram. Eu tenho frio e fome – como sempre!”

Para escapar ao frio, muitos optam por descer aos esgotos das grandes cidades e encostar nos dutos de calor, pois na Rússia o aquecimento é planificado e fornecido pelo Estado. As pessoas não podem ter equipamentos próprios.

Embora não haja números concretos, o Ministério russo da Saúde estima que entre 1,2 e 4 milhões de pessoas não têm onde morar na Rússia. Em Moscou são cerca de 75.000; em São Petersburgo, umas 50.000 pessoas.

No próximo ano completar-se-á um século que Nossa Senhora advertiu o mundo contra a imoralidade e avisou que, em caso de não haver uma reforma dos maus costumes, a Rússia seria o instrumento para punir a humanidade desobediente.

Aí está a Rússia, padecendo ela própria os efeitos punitivos do comunismo!

Quando o Papa consagrará a Rússia nas condições imploradas por Nossa Senhora para o mundo ter a paz que Santo Agostinho definiu a “tranquilidade na ordem”?






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