quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Marinha russa recebe poderoso navio de ataque entre incompreensíveis aplausos da ‘direita’

O 'Vladivostok' amanhã poderá ser apontado contra a França e contra o Ocidente.
O 'Vladivostok' amanhã poderá ser apontado
contra a França e contra o Ocidente.
Numa decisão mais do que imprudente e hoje vivamente criticada na Europa, o então presidente Nicolas Sarkozy vendeu à Rússia dois navios anfíbios de ataque, úteis como porta-helicópteros e dotados da melhor tecnologia, que a Rússia sonhava ter mas não conseguiria desenvolver.

Pertencentes à classe Mistral, os dois navios deslocam mais de 21.000 toneladas e podem transportar 16 helicópteros de ataque, 70 veículos militares – entre os quais 13 tanques pesados Leclerc e quatro lanchas de desembarque.

O primeiro navio acabou de ser armado nos estaleiros de Saint-Nazaire e seu batismo já está anunciado pela na marinha russa: chamar-se-á ‘Vladivostok’. O segundo receberá o nome de ‘Sebastopol’, uma evocação da Criméia, criminosa e ilegalmente anexada pela Rússia.


A Rússia precisa com urgência  tecnologias de guerra modernas para desafiar Ocidente.
A Rússia precisa com urgência
tecnologias de guerra modernas para desafiar Ocidente.
O navio-escola russo ‘Smolniy’ levou ao estaleiro os 400 marinheiros que serão treinados para dirigir um navio superior aos da marinha russa, que ainda ostentam com arrogância os símbolos soviéticos.

Cidadãos simpatizantes da Ucrânia, país que continua sendo agredido por agentes de Moscou, manifestaram contra a entrega desse formidável navio ao inimigo da pátria e também da França, no cais onde está ancorado o futuro ‘Vladivostok’.

Os manifestantes arvoravam bandeiras da Ucrânia e da França e cartazes com dizeres como: “Hollande, não à formação dos 400 assassinos de Putin”, e “Hollande, a honra da França vale mais que os Mistral”.

“Exortamos o governo francês a não entregar altas tecnologias militares ao mais poderoso agressor da Europa”, exigiu Nathalie Pasternak, presidente do Comitê Representante da Comunidade Ucraniana da França, que convocou a manifestação, segundo o jornal de Paris “Libération”.

Outros países europeus e os próprios EUA externaram seu desacordo com a entrega desses equipamentos bélicos no momento em que a Rússia viola de modo imoral a lei internacional.

Mas o governo socialista francês, engajado em reformas anticristãs, imorais e antifamiliares, apoia naturalmente seu símile russo. Então o processo de transferência continua, apesar do espantoso massacre de civis no voo da Malaysia Airlines.

Um fato, contudo, encheu de pasmo os admiradores da inteligência e da racionalidade que impregnam a cultura francesa.

Simpatizantes da Ucrânia protestam contra entrega do poderoso navio diante do estaleiro.
Simpatizantes da Ucrânia protestam
contra entrega do poderoso navio diante do estaleiro.
A secção de Loire-Atlantique (onde fica o estaleiro) do Front National, partido que faz do patriotismo sua bandeira principal, emitiu comunicado saudando a chegada dos marinheiros russos que amanhã poderão estar apontando esses navios contra a própria França!

“O Front National de Loire-Atlantique dá as boas-vindas aos 400 marinheiros russos que chegarão a Saint-Nazaire para aprender a usar o porta-helicópteros ‘Vladivostok”, disse.

“Para o Front National de Loire-Atlantique, a chegada a um feliz termo deste contrato, apesar da pressão de potências estrangeiras – leia-se EUA e países europeus, além da Ucrânia –, é algo de extremamente positivo para o estaleiro STX, a cidade de Saint-Nazaire e a política exterior francesa”, acrescentou o comunicado citado pelo jornal “Ouest France”.

Como se o tratado Ribbentrop-Molotov ainda estivesse em plena vigência!


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